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Sandra: um exemplo de fé e superação
Notícia publicada na edição de 08/10/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno Ela.
Andrea Alves - andrea.alves@jcruzeiro.com.br
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“Um simples vento, daqueles que balança o cabelinho, me faz tão feliz!” |
“Lutar, lutar, lutar. E não deixar a doença te matar em vida”. Esse é o recado de um batalhadora otimista que venceu o câncer por conta de uma reunião de fatores que engloba um bom e adequado tratamento médico, prática de atividades que preenchessem a mente, apoio de familiares e amigos e, acima, de tudo, fé. “A minha força tirei e tiro de Jesus Cristo. Sem a fé, não dá”.
Sandra Sanches tem 44 anos e já enfrentou uma batalha contra o câncer de mama e uma metástase no fígado. Tem propriedade para afirmar com veemência que as notícias boas chegam sim. “Só que não pode se entregar. Tem que acreditar e lutar muito, até mesmo pela família que luta junto com a gente”, diz ela, lembrando do apoio incondicional do marido Luiz, da filha Gabrielly, de 20 anos, e de todos os familiares e amigos. “Eles são imprescindíveis. É muito importante se sentir amada”.
O nódulo no seio foi descoberto pelo marido. Fazia dois anos que Sandra não procurava o ginecologista, mas na ocasião marcou uma consulta rapidamente. “O momento mais difícil foi o do diagnóstico do tumor. Fiquei sem chão”, recorda. Mas ela decidiu enfrentar com coragem e reuniu forças para encarar o problema com o máximo de bom humor. “Tive que fazer a mastectomia radical e para reconstrução da mama com enxerto, o médico fez uma abdominoplastia. Brinquei com o médico que então caprichasse para me deixar bonitona”, recorda.
Após a cirurgia, Sandra passou por oito ciclos de quimioterapia e vinte e quatro sessões de radioterapia. Continuou com os exames de rotina e uma metástase no fígado foi detectada. Foram, então, mais 20 meses de quimioterapia depois de constatada a lesão hepática. Hoje, ela faz apenas uma manutenção, uma espécie de quimioterapia sem as reações provocadas por esse tipo de tratamento. “A quimio foi mesmo monstruosa para mim. Ela me matou para poder me fazer viver”, resume.
O tempo
A temida queda de cabelo aconteceu, mas depois de um tempo, tornou-se detalhe de menor importância. “O cabelo caia aos montes e eu chorava muito. Fui em frente ao espelho e raspei tudo. Se era para chorar, que eu chorasse de uma vez só”, conta. “Na primeira vez, usei lenços coloridos, mas sentia que as pessoas me olhavam com ar de piedade. Na segunda vez, acabei optando por usar peruca porque não tinha estrutura, naquele momento, para enfrentar o sentimento de pena das pessoas”.
Completamente mudada. E curada. Esse é o saldo de Sandra. “Vejo as coisas de maneira tão diferente. Um simples vento, daquelas que balança o cabelinho, me faz tão feliz”. Dizendo-se ansiosa demais, ela aprendeu a esperar o tempo de cada coisa. “Tudo tem seu tempo. Eu aprendi a ter paciência. Não se pode ter pressa quando se faz quimioterapia”.
A quem enfrenta o que ela já passou, avisa ser necessário obedecer o que determinam os profissionais da medicina (“eles são todos anjos sem asas”, apelidou), ocupar a mente com atividades sadias, ter uma alimentação saudável e praticar o positivismo, que ela chama novamente de fé. “Ame Jesus, apegue-se a ele. Confie no poder de sua mente. Tudo vai passar e ficar bem”.
Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=33&id=353108
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